Economizar dinheiro para comprar apartamento exige foco nos seus sonhos. Afinal de contas, quando conquistar o cantinho próprio está no topo da lista de desejos, acertar os ponteiros da vida financeira deve ser o seu principal exercício diário.
Para isso, torna-se necessário ter uma boa consciência de quanto economizar do salário em busca do primeiro imóvel. Às vezes, mudar hábitos, cortar dívidas e se esforçar para fazer investimentos que valham a pena é o caminho certo até o sucesso.
Quer saber mais? Neste artigo, explicamos o que você precisa saber para economizar dinheiro e comprar seu primeiro imóvel. Confira!
Quanto preciso economizar para comprar um apartamento?
Ao economizar dinheiro para uma boa entrada na negociação do imóvel, é possível fazer um financiamento de acordo com o orçamento familiar. Mensalmente, as famílias gastam cerca de 25% com juros.
Essa é a fatia utilizada pelas financiadoras para definir a quantidade de parcelas. Por exemplo, se alguém ganha 2 mil reais, no financiamento, a parcela mensal deve ser de aproximadamente 500 reais.
O primeiro passo para começar a economizar seria, portanto, livrar-se de juros e dívidas. Não deixar acumular dívidas de cartão de crédito e cheque especial pode ajudar a amortizar a quantia de juros paga todo mês. Vale reduzir também gastos com programas fora de casa, viagens e compras que não são essenciais.
Quanto devo guardar por mês?
Ao se decidir sobre como juntar dinheiro para comprar um apartamento, aplicar o dinheiro é uma ótima solução para poupar. Colocar o dinheiro na poupança é uma escolha para aqueles que gostam de segurança, embora o rendimento seja muito baixo. Evite comprometer todo o dinheiro da reserva com o imóvel. No caso, é aconselhável economizar mais do que a entrada. Por isso, o valor guardado deve ser seis vezes o orçamento mensal.
Tente também financiar menos de 50% do imóvel, que pode ser aplicado em investimentos de pequeno risco. Depois da análise de diferentes situações, o ideal é poupar o necessário para alcançar o montante desejado, sem que isso signifique uma queda ou mudança significativa na qualidade de vida.
Convencionalmente, tendo em vista um salário médio brasileiro de 3 mil reais, o ideal é poupar 20%, ou seja, 600 reais. Porém, vale saber que, quanto mais você poupar, mais rápido terá o seu imóvel!
Qual o valor de entrada como base de cálculo?
Entendendo melhor a base para financiamento de acordo com o seu rendimento mensal, agora é preciso compreender de quanto deve ser o valor de entrada. Para valer a pena fazer o financiamento e não se perder em juros, o ideal é tentar corresponder a um valor inicial o mais alto possível.
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica pedem 10% do imóvel, em contraponto com 20% nos bancos privados. Em termos de juros, ambos possuem valores aproximados. Porém, o aconselhável é pagar a maior parte que puder à vista, ou em torno de 50% do valor do imóvel.
O que muda conforme a renda mensal?
Vamos ver alguns exemplos do quanto pode variar o valor de imóvel, de acordo com a renda mensal? Se uma família possui em seu planejamento financeiro uma entrada de 6 mil reais, as financiadoras colocam o teto de 186 mil reais para comprar a residência, disponíveis por meio de bancos públicos.
Nesse caso, é calculado que se pode comprometer até 30% da renda com as prestações do imóvel. A média do período de financiamento é de 30 anos, o máximo permitido, em geral.
Em bancos privados, a porcentagem aumenta um pouco, podendo chegar até 209 mil reais. Já se a família possui renda mensal de 10 mil reais, a quantia liberada para financiamento é de 313 mil reais e 88 centavos no total do valor do imóvel.
Na perspectiva dos bancos privados, é possível conseguir um imóvel de 350 mil reais. Quem possui uma renda mais alta, como de 30 mil reais, esse número pula para 1 milhão de reais.
Como escolher, de acordo com seu perfil?
Como explicamos, o valor liberado pelo banco depende da renda familiar. Apesar disso, antes de comprar apartamento, você deve analisar quais são as melhores opções de pagamento.
Além das instituições públicas, bancos privados oferecem crédito para quem deseja adquirir a casa própria. Programas como o Casa Verde e Amarela oferecem financiamento com juros mais baixos, mas são voltados para determinados perfis de clientes.
Então, se você se encaixa no programa, optar por essa forma de pagamento é uma boa ideia. Algumas construtoras possuem programas de financiamento próprio.
Mas, nesses casos, a taxa de juros costuma ser mais alta. Então, antes de escolher a melhor forma de pagamento, analise qual delas está dentro de seu orçamento para não se endividar.
O que avaliar para comprar um apartamento?
Na hora de comprar um apartamento, é importante analisar as necessidades. Uma pessoa que mora sozinha precisa de menos espaço do que quem tem família.
Então, esse tipo de questão deve ser levada em consideração. Além do espaço, é importante avaliar se o condomínio tem área de lazer, se é seguro e se é possível fazer reformas no apartamento, futuramente.
Esse último item deve ser considerado porque muitos empreendimentos não permitem reformas, como quebras de parede. Então, se você pensa em reformar ou tornar dois ambientes em apenas um, deve verificar se há essa possibilidade.
Quais são os documentos necessários para comprar um apartamento?
Comprar um apartamento envolve mais do que fazer pesquisa, visitas e ter o dinheiro para dar entrada. É preciso reunir uma série de documentos que comprovem sua capacidade financeira e a veracidade das informações prestadas.
Para que o banco autorize o financiamento, são analisadas diversas informações, como financiamento de veículo e faturas de cartão de crédito.
Isso porque essas dívidas influenciam no limite de crédito que será disponibilizado, já que essas contas afetam sua capacidade de pagamento.
Além dos documentos do comprador e de seu cônjuge, caso seja casado, ainda é preciso apresentar ao banco os documentos do imóvel do vendedor, seja ele pessoa física ou jurídica.
Qual a importância de apresentar os documentos necessários?
Depois de escolher um apartamento para comprar, é necessário apresentar ao banco a lista dos documentos necessários para comprovar renda e outras informações.
Eles devem ser apresentados rapidamente, pois a análise de crédito só é feita quando a instituição financeira tem todos os documentos em mãos. Por isso, é importante se atentar para não perder seu imóvel, pois são vários documentos emitidos por órgãos diferentes.
Então, há um prazo para que eles fiquem prontos e alguns precisam ser autenticados, o que gera custo para o comprador. O ideal é já pedir ao corretor a lista de documentos, para você providenciar enquanto visita alguns imóveis.
Dessa forma, quando escolher seu apartamento, já terá algumas certidões prontas, poderá agilizar o processo e mudar para sua casa mais rápido.
Como comprar um imóvel com pouco dinheiro?
O Programa Casa Verde e Amarela, como citamos acima, tem a proposta de auxiliar as pessoas de baixa renda a conquistarem o sonho da casa própria. São as menores taxas de juros do Brasil com divisões por faixa de renda. Outra dica muito interessante é a possibilidade de usar o FGTS na compra do imóvel.
Assim, além do desconto oferecido pelo Casa Verde e Amarela e o Governo Federal, o FGTS pode ser usado para pagar uma parte do imóvel e na amortização das prestações do financiamento a cada dois anos, sem contar que o programa permite que a casa ou o apartamento seja quitado em até 360 meses, para que você inclua as parcelas com tranquilidade no orçamento.
Como montar um planejamento?
Conquistar a casa própria exige um planejamento minucioso. Isso envolve saber exatamente quanto se deve economizar, mas também qual o melhor caminho.
Para que uma das decisões mais importantes de sua vida fique mais leve e consciente, comece por uma planilha eletrônica e anote as entradas e saídas de dinheiro ao longo do mês.
A partir disso, também é indispensável fazer projetos desses valores com foco nos próximos meses e no quanto será necessário economizar para dar a entrada, por exemplo.
Compare com as condições disponíveis e veja o que é mais interessante na hora de evitar possíveis apertos nas contas. Mas, tenha consciência de que pode ser preciso abrir mão de outras coisas para conseguir realizar o sonho do imóvel.
Tudo depende de sua prioridade, mas alguns cortes estratégicos já fazem uma boa diferença. Entre os principais exemplos estão os pedidos frequentes de comida por delivery, pacotes de serviços por assinatura, como TV, além de compras por impulso, enquanto passeia no shopping.
Como reduzir preços?
Outra sugestão muito interessante é buscar redução nos preços de serviços básicos usados no dia a dia. Por exemplo, a sua operadora de telefone pode ter planos com custos mais baixos e que apresentam poucas diferenças, em relação aos benefícios.
Isso vale também para internet, mudanças de hábitos para reduzir contas de consumo, entre outros.
Esses são os passos para economizar e conseguir comprar um apartamento, bem como as etapas fundamentais para escolher um imóvel que seja adequado às suas necessidades. Esperamos que essas dicas tenham sido úteis e ajudem você na hora de realizar seu sonho da casa própria.
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